Brincar de marido e mulher ?  Esperar é muito melhor

A coisa mais bonita desse mundo é o enamoramento de um rapaz sensato com uma moça sensata que se apaixonam um pelo outro, e se dispõem — após um breve namoro — a assumir o compromisso de percorrerem juntos o resto das suas vidas, acompanhados pelos filhos e netos que Deus lhes mande como fruto e prêmio desse amor.

A brevidade do namoro não é precipitação, pois ambos sabem que, quando soa a hora do amor, é preciso ser audaz e dizer “sim”, sem ficar “enrolando”.

Por serem sensatos, prevêem de antemão que a vida não será fácil, e que haverá momentos de cansaço e de luta para se manterem fiéis um ao outro, mas estão seguros de que a força do seu amor e da sua lealdade bastam para superar estados de ânimo adversos. Estão firmemente convencidos de que todas as crises se superam dando tempo ao tempo, sabendo esperar.

Além disso, têm a certeza de que na luta não estarão sozinhos, pois colocam sem pudor a sua vida conjugal inteira à vista de Deus, que abençoará complacente todos os seus prazeres e alegrias. Por isso não têm medo de ter muitos filhos, pois têm toda uma vida pela frente. Pressentem que o caçula é o que mais alegrias trará, e que logo quererão outro.

A parte principal da sensatez nesse caso talvez seja a forma como ambos encararam o casamento antes de que ocorresse: como um belo compromisso futuro, tão exclusivo que não admite ensaios precoces.

Sabiam muito bem que deviam ser fortes para não cederem em sua continência. Esperaram a hora certa, guardando seu corpo e sua alma, mas não os seus sonhos. Com isso garantiram a suficiente sensibilidade para perceberem o momento em que encontraram a pessoa certa.

Jovens assim têm absoluta certeza de que nunca dá certo “brincar de marido e mulher”, nem antes, nem depois de casados, com quem não é seu cônjuge (aí já não se pode chamar de “brincadeira”, mas de pura e simples traição).

Jovens assim são verdadeiros gigantes no mundo em que vivemos.

E eles existem.